A doutrina da Eucaristia, também conhecida como a doutrina da Santa Ceia ou da Comunhão, é um dos pilares centrais da teologia cristã. Ao longo da história da Igreja, houve diferentes interpretações e desenvolvimentos dessa doutrina, levando a diversas visões teológicas e práticas litúrgicas. Abaixo, apresento um resumo do desenvolvimento da doutrina sobre a Eucaristia em diferentes períodos:
quinta-feira, 14 de setembro de 2023
terça-feira, 13 de julho de 2021
Orações depois da Comunhão
Oração a Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado
Eis-me aqui, o bom e dulcíssimo Jesus! De joelhos ante a vossa divina presença eu Vos peço e suplico, com o mais ardente fervor de minha alia, que Vos digneis gravar em meu coração pro fundos sentimentos de fé, de esperança e de caridade, de verdadeiro arrependimento de meus pecados e vontade firmíssima de me emendar, enquanto com sincero afeto e intima dor de coração considero e medito em vossas cinco chagas, tendo bem presentes aquelas palavras que o Profeta Davi já dizia de Vós, 6 bom Jesus: "Traspassaram minhas mãos e meus pés, e contaram todos os meus os
Indulgência plenária nas condições de costume, para quem reza esta Oração diante da Imagem do Crucificado, depois da Comunhão.
(Pio P. P. IX, 13 de julho de 1850)
Piedosa Aspiração (de Santo Inácio)
Alma de Cristo, santifical-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Agua do lado de Cristo, laval-me. Paixão de Cristo, confortal-me. O bom Jesus, ouvi-me. Dentro das vossas chagas, escondel-me. Não permitais que eu me separe de vós. Do mau inimigo, de fendel-me. Na hora da minha morte, chamai-me. E man dal-me ir para Vós, para que Vos louve com os vossos Santos, por todos os séculos dos séculos. Amém.
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Oração Antes da comunhão | Santo Tomás de Aquino
Santo Tomás de Aquino
Ó Deus onipotente e eterno, eis que me vou aproximar do Sacramento de vosso Filho Unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo. Venho como enfermo, ao Médico da vida, como impuro à fonte de misericórdia, como um cego à Luz da eterna claridade, como pobre indigente, ao Senhor do céu e da terra. Reclamo, pois, a abundância de vossas liberalidades infinitas, para que Vos digneis curar-me de minhas enfermidades, lavar-me as máculas, iluminar-me a cegueira, enriquecer-me a pobreza, vestir-me a nudez, de modo a que possa receber o Pão dos Anjos, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, com tanto respeito e humildade, tanta contrição e recolhimento, uma pureza e uma fé tão vivas, um bom propósito e intenção tais como requer a salvação de minha alma. Concedei-me, Vo-lo suplico, que eu receba não somente o Sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor, como também o efeito e a força dêste Sacramento. O Deus clementissimo, já que me é dado receber o Corpo de vosso Filho Unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo, este mesmo Corpo que Ele tomou no selo da Virgem Maria, fazei que eu O receba com disposições tais que mereça ser integrado em seu Corpo mistico e contado entre seus membros. O Pai clementissimo, concedei-me contemplar, enfim, face a face, por toda a eternidade, vosso Filho dileto, o qual, neste peregrinar terrestre, me preparo para receber sob os véus sacramentais. Ele que, sendo Deus, convosco vive e reina em união com o Espírito Santo, por todos os séculos. Amém.
quinta-feira, 24 de junho de 2021
Solenidade do Nascimento de João Batista
Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia.
São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho. Estudiosos mostram que, possivelmente, depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração.
Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: “João usava um traje de pêlo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre”. O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso “Batista”).
Como nos ensinam as Sagradas Escrituras: “Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo” (Mateus 3,11).
Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa. São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse.
Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente.
O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista” (Mateus 11,11).
São João Batista, rogai por nós!
ORAÇÃO COLETA
Conduzi, Senhor, a vossa família pelo caminho da salvação, para que, fiel aos ensinamentos do Precursor, São João Baptista, possa ir confiadamente ao encontro de Cristo, por ele anunciado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
quarta-feira, 23 de junho de 2021
A missa no coração dos fiéis | Card. Dom Eugênio de Araújo Sales
Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales
A missa no coração dos fiéis
Dom Eugênio Eugênio de Araújo Sales.
O cumprimento do dever de assistir missa a cada domingo e nos dias santos é um dos sinais de uma vida religiosa autêntica. Diz o Catecismo da Igreja Católica (n° 2.181): "Aqueles que deliberadamente faltam a essa obrigação cometem pecado grave." A fidelidade às orientações e exigências da Igreja são fundamentais para ser membro vivo da obra de Cristo. A participação semanal ao Santo Sacrificio é importante fator, que nos alimenta em nossa fraqueza com a fortaleza que nasce da Eucaristia. Esse amparo espiritual faz-se mais significativo em nossos dias, pois uma mentalidade errónea sobre a liberdade favorece a escolhas de elementos eclesiais ao critério dos indivíduos e não segundo o ensino de Cristo. E assim, organizam uma religião que é católica apenas no nome.
Torna-se mais grave a questão quando o cristianismo é manipulado por opções ideológicas. Um exemplo é a palavra do papa João Paulo II, em sua primeira visita ao Brasil. A homilia em Aparecida, em 5 de julho de 1980, nos ajuda a discernir o verdadeiro do falso nessa matéria: "Qual é a missão da Igreja, se não a de fazer nascer o Cristo no coração dos fiéis [...]E este anúncio de Cristo Redentor, de sua mensagem de salvação, nã pode ser reduzido a um mero projeto humano de bem-estar e felicidade temporal. Tem, certamente, incidências na história humana, coletiva individual, mas é fundamentalmente anúncio da libertação do pecado
Prejudicando seriamente o plano de Deus, há os que reduzem Igreja à tentativa da construção de uma sociedade sem injustiças e outro que se limitam a uma espiritualidade sem um profundo vínculo com superação dos males, inclusive sociais, frutos do pecado. A orientaç correta é a que decorre dos ensinamentos de Jesus autenticamen transmitidos pela hierarquia.
A valorização da assistência à missa, dentro de um contex comunitário e, especialmente em dias de preceito, sofre com es tendências. Tal a importância do assunto, que o Papa foi levado a publicar precioso documento, a Carta Apostólica Dies Domini, dirigida ao episcopado, ao clero e aos fiéis, sobre a santificação do domingo, com data de 31 de maio de 1998. Relacionado com a assistência obrigatória às missas está o repouso dominical. Os primeiros cristãos necessitavam de dose de heroísmo para
viver a sua fé em virtude do ritmo dos dias do calendário. O grego e o romano não propiciavam aos fiéis o tempo livre do domingo e, em estes celebravam os oficios divinos na madrugada. Os costumes evoluíram à luz do cristianismo nascente. No século III, um consequência, autor escreveu o que já então se constatava em toda a região: a santificação do domingo já era observada. No entanto, ainda no século IV, um grupo de cristãos foi levado a um tribunal em castigo pelo delito de participar de reuniões ilícitas- no caso, a celebração eucaristica. A resposta foi clara e peremptória: "Temos celebrado a assembleia dominical porque não nos é permitido omiti-la". E morreram mártires de sua fé. A obrigatoriedade da assistência à missa aos domingos e dias santificados vem, pois, das origens do cristianismo. E hoje, às vésperas do Grande Jubileu, esse munus que caracteriza o católico deve ser objeto de um exame de consciência. Paralelamente ao ato litúrgico está o repouso dominical, objeto desse mesmo exame.
No decorrer destes dois milênios persistiu o preceito do primeiro dia da semana, em modalidades variadas. Constitui parte integrante da própria existência do fiel. Há causas que o escusam. Entre elas, a ausência do ministro ordenado. Nesses casos, o fiel é exortado vivamente - portanto, conselho e não dever - a participar da Liturgia da Palavra. O Código de Direito Canônico (can 1.248) recomenda, de modo claro, a dedicação de um tempo a atos piedosos que santifiquem Dia do Senhor. No entanto, a assistência à missa, mesmo celebrada fora da paróquia, é obrigatória, desde que não haja grave incômodo para ausentar-se dela. A obrigação perdura. O Código é claro: "E grave encargo a assistência à Missa aos domingos e festas de preceito. Somente uma causa suficiente a dispensa e, mesmo assim, recomenda-se substituí-la por práticas religiosas." (cânones 1.247 e 1.248). Trata-se de "recomendação".
Infelizmente, no período pos-conciliar surgiu a falsa informação de ter sido abolido o dever de assistência à missa aos domingos e dias santos, como a abstenção dos trabalhos servis no Dia do Senhor. O Catecisma da Igreja Católica (n° 2.181) usa como exemplo dos motivos serios, relevantes, que dispensem da obrigatoriedade da observância do Dia do Senhor, inclusive da Santa Missa: "Doença, cuidado com bebès, a que se poderiam acrescentar outros assemelhados, como distância do local da Santa Missa que, para percorrê-la, acarretasse incômodo de vulto. E, como se trata de uma participação comunitária, não cumpre esse compromisso quem assiste à transmissão pela televisão ou ouve pelo rádio, mesmo que seja de grande proveito espiritual. De modo particular, beneficiam-se de televisão ou rádio os enfermos e encarcerados, impedidos de chegar a uma igreja. O mesmo se diga dos que residem distante dos templos. A importància da fidelidade ao preceito grave da assistência à Santa Missa se origina do valor infinito do Santo Sacrificio explicitado pelas palavras do Santo Padre em Dies Domini.
Santificar o Dia do Senhor-assistência à missa dominical e repouso semanal-, favorecendo inclusive a vida familiar, é contribuir para a paz e a convivência pacífica na comunidade. Aproxima-nos do Senhor e abre novas perspectivas ao milênio que se aproxima, com o Jubileu do Nascimento de Cristo.
Jornal do Brasil - Sábado, 13 de novembro de 1999.
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