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quinta-feira, 27 de junho de 2024

O Primado de Pedro e a Doutrina Católica sobre o Papa


A passagem de Mateus 16,18 é um dos textos mais citados e debatidos no contexto da teologia católica, particularmente em relação à doutrina do papado. Nesta passagem, Jesus diz a Pedro: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." Esta declaração tem sido interpretada pela Igreja Católica como a instituição do primado de Pedro e, por extensão, a fundação do papado como uma liderança contínua e visível da Igreja.

terça-feira, 27 de junho de 2023

3 passos para entender a fundação da Igreja Católica



Para entender a fundação da Igreja Católica, existem três passos principais que podem ajudar a contextualizar sua origem e desenvolvimento. Esses passos abrangem o período inicial da Igreja, desde sua fundação por Jesus Cristo até sua consolidação como instituição religiosa. Vamos explorar esses passos:

terça-feira, 11 de abril de 2023

Qual o significado da Oitava Pascal?



Com a celebração da Ressurreição do Senhor, na Vigília do Sábado Santo, entramos no Tempo Pascal, formado por sete semanas até a Solenidade de Pentecostes. Este tempo é marcado pela alegria da vida nova que recebemos de Cristo. É o tempo litúrgico mais forte do ano, pois é a passagem da morte para a Vida.

Durante o Tempo Pascal, em todas as celebrações litúrgicas, o Círio Pascal permanece aceso, pois ele representa o Cristo Ressuscitado que ilumina nossa vida, dissipa as trevas da morte e faz resplandecer em todos nós a luz de Deus. O Círio é essa grande coluna luminosa, que nos guia para a libertação plena da vida.

sábado, 8 de abril de 2023

SÁBADO SANTO (Sábado de Aleluia!)



Sábado Santo

O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: “tudo está consumado!”.

domingo, 26 de março de 2023

A Tradição da "Velátio" na Quaresma.



É costume muito antigo na Igreja, a partir do quinto Domingo da Quaresma também chamado de primeiro Domingo da Paixão, na forma extraordinária do Rito Romano, (sendo na verdade o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, o Segundo Domingo da Paixão) – cobrir com pano roxo as cruzes, quadros e imagens sacras. As cruzes ficam cobertas até o final da liturgia da Sexta – Feira Santa, os quadros e demais imagens até a celebração da noite de Páscoa.

sexta-feira, 17 de março de 2023

III Pregação da Quaresma 2023 “Deus é amor!”

O pregador da Casa Pontifícia, cardeal Raniero Cantalamessa, OFMCap, propôs à Cúria Romana, nesta sexta-feira, 17 de março, a terceira pregação da Quaresma intitulada "Deus é amor". O Papa Francisco participou deste momento.

Fr. Raniero Card. Cantalamessa, OFMCap

“DEUS É AMOR!”

Terceira Pregação, Quaresma de 2023

 

Há necessidade da teologia!

Para a minha e a sua consolação, Santo Padre, Veneráveis Padres, irmãos e irmãs, esta meditação será centrada toda e apenas sobre Deus. A teologia, isto é, o discurso sobre Deus, não pode permanecer estranha à realidade do Sínodo, como não pode permanecer estranha a qualquer outro momento da vida da Igreja. Sem a teologia, a fé se tornaria facilmente morta repetição; careceria do instrumento principal para a sua inculturação.

sexta-feira, 3 de março de 2023

Primeira Sexta-feira do mês | Sagrado Coração de Jesus


"Oh! Quanto o belo Coração de Jesus é fiel para com aqueles que ele chama a seu santo amor! Ele não pode deixar de cumprir tudo o que prometeu.  Ora, ele prometeu ser fiel; ele diz a cada alma que se lhe quer dar: Pois que me dais vosso coração, consinto também em vos dar o meu, contraio aliança convosco; desposo-vos para sempre."

Santo Afonso Maria de Ligório.


#sagradocoracaodejesus #primeirasextadomes  #santoafonsomariadeligório #ApostoladoDaOração #apostolado21 #apostoladoleigo #devoção #igrejacatolica

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Tempo da Quaresma


1- Origem do Tempo da Quaresma?

O tempo quaresmal surgiu com a preparação para Páscoa. Antes de ter o formato como conhecemos hoje, a páscoa de Jesus era celebrada em um tríduo que relembrava a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Iniciando na sexta-feira e terminando na Páscoa semanal do domingo.

2- Com se divide a quaresma?

A quaresma tem início na quarta-feira de cinzas que nos lembra que “Somos pó…” mostrando a fragilidade do homem e a grande misericórdia do Pai que envia seu filho para Salvação da humanidade.

Durante os quarentas dias a Igreja prepara a Páscoa do Senhor que é composto por cinco domingos que antecedem os dias maiores. O quarto domingo da quaresma é chamado de “domingo Laetare” ou da alegria pela expressão:”Alegrai-vos, Jerusalém, reuni-vos, todos que a amais; regozijai-vos com alegria, vós que estivestes na tristeza; exultai e sereis saciados com a consolação que flui de seu seio” Rezada na antífona de entrada da celebração. Neste dia usa-se os paramentos de cor rosa.

No domingo de Ramos tem início a Semana Santa que revive os momentos mais fortes da Paixão, Morte e Ressurreição. Esta celebração relembra a entrada de Jesus em Jerusalém e já se antecipa a leitura da Paixão. Nesta semana damos ênfase aos mistérios pascais de Cristo.

Quinta-feira Santa: Dia que o Senhor instituiu a Eucaristia na última ceia com seus discípulos. Neste dia na Igreja em todo Mundo relembra o momento em que o Senhor lavou os pés dos discípulos presentes no cenáculo. A missa não termina com a benção final que só será dada no final a Vigília Pascal no Sábado de Aleluia.
Neste dia relembra-se também a instituição do sacerdócio, quando em uma celebração com o Bispo é abençoado os Santos Óleos para os Sacramentos.

Sexta-feira da Paixão: Neste dia não é celebrada missa em lugar algum do mundo. Celebra-se ao fim da tarde a Paixão do Senhor que relembra a entrega total de Cristo pela humanidade.

Sábado de Aleluia: A Igreja espera com ansiedade a Celebração da Ressurreição de Cristo! Quando Jesus venceu a morte e libertou-nos do pecado. Nesta celebração acendemos o Círio Pascal que é o sinal do ressuscitado.

OBS: A quaresma termina com a Celebração da Ceia do Senhor.

3- Cores Litúrgicas:

Cada tempo litúrgico na Igreja tem uma cor para identificação dos mistérios celebrados durante o ano Litúrgico. Durante a quaresma usa-se quatro cores. A Saber:
  • Roxo: Durante a maioria dos dias da quaresma usa-se a cor roxa, que significa penitência;
  • Rosa: Usada no Domingo Laetare (da Alegria) no quarto domingo da quaresma;
  • Vermelho: Usada no Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor;
  • Branco: Na quinta-feira na Missa da Ceia do Senhor.

4- Leituras do Tempo Quaresmal:

As leituras dominicais de Quaresma têm uma organização unitária, que terá que ter presente na pregação.
As leituras do Antigo Testamento seguem sua própria linha, que não tem uma relação direta com os evangelhos, como o resto do ano. Uma linha importante para compreender a História da Salvação.
Os Evangelhos seguem também uma temática organizada e própria.
E as leituras que se fazem em segundo lugar, as apostólicas, estão pensadas como complementares das anteriores.

A. A primeira leitura tem neste tempo de Quaresma uma intenção clara: apresentar os grandes temas da História da Salvação, para preparar o grande acontecimento da Páscoa do Senhor:A criação e origem do mundo (primeiro domingo).
  1. Abraão, pai dos fiéis (segundo domingo).
  2. O Êxodo e Moisés (terceiro domingo).
  3. A história de Israel, centrada sobre tudo em Davi (quarto domingo).
  4. Os profetas e sua mensagem (quinto domingo).
  5. O Servo de Yahvé (domingo de Ramos).
Estas etapas se proclamam de modo mais direto no Ciclo A, em seus momentos culminantes.

No Ciclo B se centram sobre tudo no tema da Aliança (com o Noé, com o Abraão, com Israel, o exílio, o novo louvor anunciado por Jeremias).

No Ciclo C, as mesmas etapas se vêem mas bem do prisma do culto (oferendas de primícias, celebração da Páscoa, etc.).
No sexto domingo, ou domingo de Ramos na Paixão do Senhor, invariavelmente se proclama o canto do Servo de Yahvé, por Isaías.

Estas etapas representam uma volta à fonte: a história das atuações salvíficas de Deus, que preparam o acontecimento central: o mistério Pascal do Senhor Jesus. Na pregação terá que levar em conta esta progressão, para não perder de vista o caminho para a Páscoa.

B. A leitura Evangélica tem também sua coerência independente ao longo das seis semanas:
primeiro domingo: o tema das tentações de Jesus no deserto, lidas em cada ciclo segundo seu evangelista; o tema dos quarenta dias, o tema do combate espiritual.
O segundo domingo: a Transfiguração, lida também em cada ciclo segundo o próprio evangelista; de novo o tema dos quarenta dias (Moisés, Elias, Cristo) e a preparação pascal; a luta e a tentação levam a vida.
terceiro domingo, quarto e quinto: apresentação dos temas catequéticos da iniciação cristã: a água, a luz, a vida.

No Ciclo A: os grandes temas batismais de São João: a samaritana (água), o cego (luz), Lázaro (vida).
No Ciclo B: tema paralelos, também de São João: o Templo, a serpente e Jesus Servo.
No Ciclo C: temas de conversão e misericórdia: iniciação a outro Sacramento quaresmal-pascal: a Penitência.
Sexto domingo: a Paixão de Jesus, cada ano segundo seu evangelista (reservando a Paixão de São João para a Sexta-feira Santa).

O pregador deve levar em conta esta unidade e ajudar a que a comunidade vá desentranhando os diversos aspectos de sua marcha para a Páscoa, não ficando, por exemplo no tema da tentação ou da penitência, mas sim entrando também aos temas batismais: Cristo e sua Páscoa são para nós a chave da água viva, da luz verdadeira e da nova vida.

C. A segunda leitura está pensada como complemento dos grandes temas da História da Salvação e da preparação evangélica à Páscoa. Temas espirituais, relativos ao processo de fé e conversão e a concretização moral dos temas quaresmais: a fé, a esperança, o amor, a vida espiritual, filhos da luz, etc.
Missas feriais.

Este grupo de leituras tem grande influencia na vida espiritual daqueles cristãos que acostumam a participar ativamente na eucaristia diária. É bom assinalar que o lecionário ferial de Quaresma foi construindo-se ao longo de vários séculos e antes da reforma conciliar sempre foi o mais rico de todo o ano litúrgico. A reforma litúrgica o respeitou por sua antiga tradição e riqueza.

Ao haver-se construído com os séculos, sua temática é bastante variada e muito longínqua, portanto, pelo que é uma leitura contínua ou um plano concebido de conjunto, que são as formas às que nos tem acostumados os lecionários saídos da reforma conciliar.

O atual lecionário ferial da missa divide a Quaresma em duas partes: por um lado, temos os dias que vão desde Quarta-feira de Cinzas até sábado da III semana; e por outro, as feiras que discorrem desde segunda-feira de IV semana até o começo do Tríduo Pascal.

5- Piedade popular:

Neste tempo muitos fiéis fazem seus exercícios espirituais de forma particular e comunitária. Penitência corporal, como abster-se de carnes e outros gêneros alimentícios é comum neste período. Durante as Sextas-feiras é comum em nossas comunidades a reflexão das Estações da Via Sacra que relembram os últimos passos de Jesus. Nas Igrejas cobre-se os santos com panos roxos relembrando a tristeza da Paixão do Senhor. Em alguns lugares as Igrejas promovem a Procissão do Encontro de Jesus e Maria. É tradicional também as encenações da Paixão e a Procissão do Senhor Morto logo após a Celebração da Paixão na Tarde da Sexta Feira. E a Reflexão das Dores de Maria.

6- Curiosidades:


Durante todo tempo não cantasse o Hino do Glória, e a expressão Aleluia! Que só voltaram a ser cantadas na Vigília Pascal no Sábado de Aleluia.

O uso de instrumentos são facultativos, se usados, apenas para segurar os cantos.

Não toca-se o sino da Igreja (apenas com a orientação do pároco)

7- Finalidade:

Precisamos lembrar que o tempo quaresmal tem por finalidade preparar-nos Páscoa do Senhor. E que para celebrarmos bem esse tempo temos que mudar de vida e nos arrependermos de nossos pecados, por isso a quaresma é uma tempo forte de conversão e nela somos convidados a confessamos. Somos chamados também a fazer sacrifícios para purificação de nosso corpo e alma.

8- Campanha da Fraternidade:

A Igreja do Brasil incorpora na sua liturgia durante a quaresma a conhecida “Campanha da Fraternidade”. Cada ano a CF traz um tema e um lema que nos motivam a um gesto concreto de solidariedade.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

O Tempo Litúrgico da Quaresma

Quaresma tempo de conversão
Quaresma tempo de conversão.

Quaresma é o período de penitência e preparação para a Páscoa. É a lembrança dos 40 dias e 40 noites que Cristo passou no deserto e também dos 40 anos que os judeus caminharam até chegarem à Terra Prometida.

O período da Quaresma corresponde aos quarenta dias anteriores à Semana Santa.

Começa na Quarta-feira de Cinzas e vai até a *Missa dos Santos Óleos na quinta-feira Santa.

“Na Semana Santa, a Igreja celebra os mistérios da salvação, levados a cumprimento por Cristo nos últimos dias da sua vida, a começar pelo seu ingresso messiânico em Jerusalém. O tempo quaresmal continua até a Quinta-feira Santa.

A partir da missa vespertina, in Cena Domini, inicia-se o Tríduo Pascal, que abrange a Sexta-feira Santa “da Paixão do Senhor” e o Sábado Santo, e tem o seu centro na Vigília Pascal, concluindo-se com as vésperas do Domingo da Ressurreição”. Cf. Paschalis Solemnitatis

O primeiro dia da quaresma chama-se Quarta-feira de Cinzas, por causa do rito em que se deposita um pouco de cinza na fronte dos cristãos. As cinzas com as quais o sacerdote nos unge à testa, significa penitência, tempo de luto, fragilidade humana. Essas ‘cinzas’ são resultado dos ramos secos usados no Domingo de Ramos do ano que passou, que foram guardados e depois incinerados. (Os ramos passam pelo fogo purificador, assim como nós temos que – com o fogo purificador de Deus – acabar com o nosso egoísmo, orgulho…).

 “Devemos ver a Quaresma como um tempo especial de retiro espiritual, tempo de voltarmos a Deus, reaquecer a nossa fé, mudarmos de vida, superar as atitudes que não combinam com um cristão.

As graças principais da Quaresma são: a conversão, a reconciliação e a partilha.”


Símbolos da Quaresma

São vários os símbolos e atitudes que acompanham esse tempo. Os mais importantes são:

A COR ROXA, AS CINZAS E A CRUZ  Lembram o caráter de penitência e conversão. O caráter sério da Quaresma se manifesta também no visual do espaço celebrativo, sóbrio e despojado. 

AUSÊNCIA DO GLORIA E CANTOS DE ALELUIA Neste período também se prepara a missa sem cantos que tragam a palavra “aleluia”.

AUSÊNCIA DO RITO DE LOUVOR Também é retirado das missas o canto de louvor (o Glória).

O JEJUM O jejum e a abstinência de carne expressam a íntima relação existente entre os gestos externos de penitência, mudança de vida e conversão interior. Nos leva a dar mais atenção à Palavra de Deus e à população empobrecida que se encontra em permanente jejum.

A CAMPANHA DA FRATERNIDADE Assumindo cada ano uma situação da realidade social, nos ajuda a viver concretamente a experiência da Páscoa de Jesus nas páscoas do povo; nos levando assim, a concretizar nosso esforço comunitário de conversão em gestos de solidariedade.

 

Fonte: Apostila da 1º Comunhão do Centro Educacional Nazaré

*Alterações: Josemar Oliveira

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

O cristão deve brincar carnaval?

Imagem: Pixabay

Olá povo amado de Deus!

Chegou o Carnaval!

Neste fim de semana tem início a maior festa popular do Brasil, o Carnaval. Nestes dias milhares de pessoas participam de blocos e troças que acontecem nas ruas das nossas cidades. Bandas de músicas e orquestras animam os foliões.

O Carnaval é uma festa Católica no qual marca o último dia que os fieis “podem” comer carne, tendo em vista o início do Tempo Quaresmal, que se inicia na quarta-feira de cinzas.

Os festejos do carnaval ao longo do tempo foram sofrendo alterações significativas. O que antecipava um tempo de reflexão e oração, tornou-se uma “desordem”. Na idade média as cortes comemoram os carnavais com grandes bailes, enquanto nas ruas os festejos populares com improvisações alegravam a plebe dos reinos.

Quando olhamos o carnaval hoje, pensamos nos abusos e pecados cometidos livremente pelos foliões. Caricatos, mascarados e travestidos conseguem transmitir o que está oculto em seus desejos. Não há “limites” para esses dias.

Por muitas vezes vejo exagero por parte de religiosos quanto participar ou não da “folia de Momo”. Muitos dizem ser pecado, por causa dos ambientes sugestivos aos erros. Outros ainda defendem que o carnaval, desde que seja brincado com prudência e respeito não faz “mau” algum. Quanto a mim, sempre prezo pela consciência. Ela lhe acusa? Não brinque. Se sua a intenção é fazer mau aos outros, exagerar na bebida alcoólica ou pecar gravemente. Guarde-se! Se você gosta de participar de retiros e encontro de oração participe de forma plena. Deus quer a nossa sinceridade de coração!

Se você procurar opiniões você sempre vai encontrar de forma diversificada e tendenciosa para o que seu coração deseja. Por isso neste carnaval seja sincero com você mesmo.

Poderíamos enumerar dezenas de passagens bíblicas que condenam as práticas realizadas no carnaval, mais cada um sabe o que fazer a partir de sua consciência.

Escolha Deus!

Deus abençoe a todos! 

Por Josemar Oliveira

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Quem blasfemar contra o Espírito Santo...



Hoje não ouvimos muito sobre o pecado contra o Espírito Santo, embora as Escrituras falem claramente sobre isso. Quando os fariseus dizem que Jesus expulsa os demônios com a ajuda de Belzebu (Mc 3,29), na verdade estão  atribuindo ao príncipe dos demônios o que Jesus faz com o poder de sua própria divindade e com o poder do Espírito Santo.

Depois disso, Jesus diz que quem pecar contra o Espírito Santo não será perdoado nem nesta vida nem na vida futura.

O pecado contra o Espírito Santo, a blasfêmia contra o Espírito Santo, não consiste apenas em palavras, mas pode ser realizado em ações, ou pode vir diretamente do coração de uma pessoa.

O Espírito Santo é o próprio amor (caritas). O perdão dos pecados realiza-se na Igreja através do amor. É por isso que atribuímos especificamente o perdão dos pecados ao Espírito Santo. (Cf. " Recebei o Espírito Santo. A quem perdoas os pecados, eles são perdoados ", Jo 20,22-23).

Portanto, podemos dizer que ele comete um pecado imperdoável contra o Espírito Santo, que consciente e deliberadamente resiste ao perdão dos pecados, ou seja, o Espírito Santo, em pensamento, coração, palavras ou ações, e persiste neste pecado até sua morte.

E é por isso que Santo Agostinho diz que o pecado contra o Espírito Santo nada mais é do que a cumplicidade com o pecado, que dura até a morte, depois da qual não há como voltar atrás.

Assim como atribuímos o perdão dos pecados ao Espírito Santo, também atribuímos a bondade. O Espírito Santo é a própria Bondade. Portanto, aquele que - com malícia deliberada - blasfema contra o Espírito Santo em seu coração, ou com palavras ou ações, está resistindo deliberadamente à bondade do Espírito Santo.

Pode ser assim, por exemplo, quando alguém blasfema contra Deus por malícia, mas também pode ser pecado contra o Espírito Santo quando alguém duvida da misericórdia de Deus e nela persevera até à morte, ou simplesmente olha com demasiada presunção para a misericórdia de Deus e se permite tudo. Nesses casos, a esperança, o santo temor de Deus e outros dons do Espírito Santo se desgastam do coração, e daí nasce a indulgência para com o pecado.

Tomás observa ainda que xingamentos e palavrões cometidos por fraqueza humana (isto é, não por malícia), embora sejam pecado, não podem ser considerados pecado imperdoável contra o Espírito Santo (caso a pessoa se arrependa), porque neste caso é é mais um mau hábito ou esquecimento de si mesmo, bem como falta de controle das emoções, e não uma verdadeira malícia. Mas o hábito gera pecado e pode até se tornar pervertido.

Podemos alimentar a nossa relação com Deus, o nosso amor a Deus e ao Espírito Santo, alimentando e vivificando as virtudes, a fé, a esperança, o amor, etc., assim como os dons do Espírito Santo. 


Santo Tomás de Aquino, Sobre o mal, q.3.a.14.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

A importância do matrimônio nos padres da Igreja


 "O matrimônio é um dos sete sacramentos da vida eclesial. É a unidade de duas pessoas que se amam, projetam uma vida em conjunto, com a vida de filhos e filhas para assim formar uma só carne como Jesus falou aos seus discípulas, discípulos, missionárias e missionários. É preciso rezar por todos os casais, aqueles que estão bem os passam por algumas dificuldades de relacionamento, falta de emprego ou estão em segunda união."

Por Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá (PA)


Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança(Gn 1,26), como dons a serem desenvolvidos na realidade do mundo e em vista da glória do Senhor. Esta unidade do homem com a mulher e da mulher com o homem alude ao desejo do próprio Criador de que o casal viva bem, junto na paz e no amor. Tudo é dado de uma forma simples e humilde o qual este processo não pode se dissolver, porque como diz a Escritura o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois formarão uma só carne (Gn 2,24). Jesus retomou o ideal e a objetividade do matrimônio na criação quando foi perguntado pelos fariseus se era permitido ao homem despedir a mulher por qualquer motivo, afirmou ele que o Criador os criou para viverem unidos, pois, o que Deus uniu o ser humano não separe (Mt 19,3-6). O casal é abençoado por Deus desde as origens no mistério do amor do Senhor Deus Uno e Trino para com a humanidade. Será muito importante ver como os padres da Igreja, os primeiros escritores cristãos elaboraram esta doutrina que ilumina as pessoas nos séculos posteriores até chegar à atualidade. O matrimônio é graça de Deus e é responsabilidade humana.

O matrimônio como unidade de duas pessoas.

O matrimônio era visto pelos padres da Igreja, como entrega de duas pessoas para uma vida em conjunto, tendo a benção de Deus para a sua unidade. Eles falaram de um acordo que foi ratificado por Deus que criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança (Gn 1,26). O Senhor conduz a esposa ao esposo e o esposo à esposa tendo como conseqüência as núpcias e ratificando a sua união, dada pela Igreja[1]. O princípio da unidade e da indissolubilidade estavam presentes nos padres da Igreja ganhando força a palavra do Criador destes valores cristãos ao matrimônio e o Senhor Jesus que também colocou o matrimônio no plano das origens, do Criador em vista das pessoas buscarem uma vida indissolúvel, uma só carne (Mt 19,4-5)[2]


A benção do matrimônio cristão

Tertuliano, padre da Igreja no Norte da África dos séculos II e III afirmou a felicidade do matrimônio porque é a Igreja que ratifica a vivência de duas pessoas, une os jovens para viverem juntos sendo a imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26). É uma espécie de hóstia eucarística, uma benção selada, que os anjos anunciam nos céus e o Senhor Deus aprovou?[3]. Tertuliano colocou a importância do casal na unidade de seus projetos e de suas vidas. Para ele seriam dois fiéis, homem e mulher unidos numa única esperança num só desejo, num único respeito, numa única vida de serviço e doação[4].
Única carne na vida e na Igreja
 

Tertuliano reforçou também a unidade a partir do dado bíblico, proveniente do Senhor Jesus no qual o casal é dois numa única carne (Mt 19,6). Desta forma é uma só vida, sendo também um só espírito, onde juntos rezam, juntos se ajoelham, fazem as admoestações um ao outro, exortando-se um a outro, como também se confortam um ao outro[5].

Esta unidade na vida humana para ser uma só carne, é dada também na Igreja de Deus, no banquete do Senhor, da eucaristia, sendo também igual nas perseguições e nas consolações. O casal visita livremente os doentes, dá uma grande ajuda aos pobres. A cruz não se faz no esconderijo, a benção não é dada no silêncio na vida do casal. Ao ver e sentir estas coisas, o Senhor Jesus alegra-se, convidando-o à sua paz (Jo 14,27). Onde está o casal lá se encontra o Senhor (Mt 18,20) e onde Ele está, não há lugar para o mal[6].


O matrimônio: a união

São Clemente de Alexandria, Padre dos séculos II e III disse que o matrimônio é a união de um homem e de uma mulher, segundo a lei, em vista do amor e da procriação. A pessoa casa com o tempo com uma pessoa que o ama e assim o casal tenha as condições para a geração de filhos e de filhas[7]. O casal é convidado a se querer bem um com o outro e também seja ciente na procriação dos filhos[8].
A superação da divisão
 

São Clemente reforçava a idéia para os homens casados não buscarem a divisão com as suas próprias mulheres pela vida dos filhos e por ser uma opção que não favorece a lei do Senhor, a divisão é claro. O autor exortava para que se começasse a partir do matrimônio a mostrar em casa o valor de uma vida de santidade. É uma realidade excepcional a união conjugal, o matrimônio é uma grande graça para o serviço do Senhor no mundo[9].


A vivência da virtude e da unidade

O autor alexandrino teve também presente na unidade do casal a vivência das virtudes, da fé, da caridade no homem e na mulher, pois se tratava do matrimônio cristão. O fato é que o mesmo Deus está em ambos, e é também para ambos, o mesmo Pedagogo, Jesus Cristo. Uma é também a Igreja, a temperança, comum é o alimento, o vínculo nupcial, um é o respiro, a vista, o conhecimento, a esperança, a obediência, o amor porque todas as coisas são iguais na unidade do matrimônio. As pessoas as quais tem comunhão de vida pelo matrimônio, terão em comum, a graça e a salvação[10].
Deus os criou homem e mulher
 

Orígenes, padre alexandrino dos séculos II e III teve presente o dado bíblico de que o Senhor Deus criou o ser humano, homem e mulher, como imagem e semelhança suas, para que também crescessem, se multiplicassem, enchessem a terra e a dominassem (Gn 1,27-28). O Senhor abençoou os dois para que vivessem bem em unidade com as criaturas e com Deus[11].


A igualdade diante de Deus

Orígenes ressaltou que a forma como Deus criou o homem e a mulher conduz a unidade do casal e à plena igualdade diante do Criador. Não existe uma superioridade de um para com o outro pelo fato de serem criaturas feitas pelo Senhor. Por isso Orígenes é contra a dominação no casal por que toda a relação com Deus seja digna pela vivência da unidade no matrimônio, uma vez que o Salvador disse que assim não são mais dois, mas uma só carne (Mt 19,21). Quando as coisas reinam no matrimônio, como a concórdia, a harmonia por parte do marido para com a mulher, e por parte da mulher com o marido, agindo em favor da unidade e da igualdade é possível que a palavra de Deus se realize no matrimônio, pois não se trará mais de dois. É Deus mesmo que une as duas pessoas em uma só, afim de que não sejam dois seres distintos, mas que vivam unidos entre si, com os outros e com Deus[12]. Para Orígenes é muito importante afirmar que quando o matrimônio respira a graça de Deus, deriva a harmonia, o amor no casal. O matrimônio constitui uma graça divina, quando não existe a instabilidade, mas quando reina a paz, dom de Deus para o mundo e para o casal[13].
 

O matrimônio é um dos sete sacramentos da vida eclesial. É a unidade de duas pessoas que se amam, projetam uma vida em conjunto, com a vida de filhos e filhas para assim formar uma só carne como Jesus falou aos seus discípulas, discípulos, missionárias e missionários. É preciso rezar por todos os casais, aqueles que estão bem os passam por algumas dificuldades de relacionamento, falta de emprego ou estão em segunda união. As autoridades olhem com carinho as famílias para que hajam políticas públicas em favor das mesmas. Os padres da Igreja tiveram presentes as palavras do Criador lá no início e a retomada do Senhor Jesus ao mesmo plano de unidade, de fraternidade para assim formar um só ser no mundo e um dia na eternidade.



[1] Cfr. H. Crouzel – L. Odobrina. Matrimonio. In: Nuovo Dizionario Patristico e di Antichità Cristiane, diretto da Angelo di Berardino, F-0. Genova-Milano, Casa Editrice Marietti, 2007, pgs. 3133-3134.
[2] Cfr. Idem, pg. 3134.
[3] Cfr. Tertulliano. Alla sua sposa II, 8,6. In: La Coppia nei Padri. Introduzione, Traduzione e note di Giulia Sfameni Gasparro, Cesare Magazzù, Concetta Aloe Spada. Milano, Edizione Paoline, 1991, pg. 185.
[4] Cfr. Idem, 8,7, pg. 186.
[5] Cfr. Ibidem.
[6] Cfr. Idem, 8,8, pgs 186-187.
[7] Cfr. Clemente Alessandrino. Stromati II, 137-1-4. In: Idem, pgs. 200-201.
[8] Cfr. Idem, III, 58,1-2;, pgs. 202-203.
[9][9] Cfr. Clemente Alessandrino. Il Pedagogo, III,XI,84,1. In: Idem, pg. 203.
[10]Cfr. Idem, I,IV,10,1-2. In: Idem, pg. 205.
[11] Cfr. Origene. Omelie sulla Genesi I, 14. In: Idem, pg. 226.
[12] Cfr. Origene. Commento al Vangelo di Matteo XIV,16. In: Idem , pgs. 231-232.
[13] Cfr. Commento a 1 Cor., fr. 34e fr. 35: C. Jenkins, The Origen Citations in Cramer´s Catena on I Corinthians, JTS 9. In: Idem, pg 233.

 

Fonte:Vatican.va

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Coisas da Cidade "Santos Reis Magos"

Santos Reis Magos.

A cidade inteira movimente-se ar, amanhã, 6 de janeiro, para assistir as tradicionais festas na capelinha da praia da limpa, em honra aos Santos Reis Magos, que alí se veneram.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Tempos de Hoje: Festa (dos Santos Reis)



(…) “Somente a Festa dos Santos Reis mantém vivas as tradições do povo. A multidão converge de todos os recantos da cidade para o largo em frente da igrejinha modesta, na qual se acham as imagens de Gaspar, Belchior e Baltazar, presente de El Rey Dom José I, no longínquo ano de 1752. Por que a animação toda desta festa, quando se sabe que os festejos de cunho religioso e popular tendem a se acabar? Difícil uma explicação. Talvez influa o ambiente provinciano do bairro de Santos Reis.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Fé Católica | Confissão

 


CONFISSÃO


ACUSAÇÃO: Os católicos confessam-se com os padres, que também são pecadores; os crentes confessam-se somente com Deus! - porque lemos na Bíblia: "Quem pode perdoar os pecados, senão só Deus? ( Mc 2,7 ).

RESPOSTA: Quem negava a Jesus o poder de perdoar os pecados, e até o taxava de blasfemador, eram os orgulhosos escribas. Jesus, porém, lhes respondeu ( Mc 2,10 ): "Para que saibas que o filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados ..." Jesus curou o paralítico perdoado, à vista deles.

Este poder de perdoar os pecados, Jesus o confiou aos homens pecadores, aos Apóstolos e seus legítimos sucessores, no dia mais solene, da sua Ressurreição, quando lhes apareceu e disse ( Jo 20,21-23 ) : "Assim como meu Pai me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo. Àquele a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos".

Não resta dúvida que sopro de Cristo ressuscitado e as palavras: "recebei o ( dom do ) Espírito Santo..." expressam claramente que os Apóstolos não obtiveram o poder de perdoar os pecados em virtude de sua santidade ou impecabilidade, mas como um dom especial, merecido por Cristo e a eles conferido, em favor das almas, remidas pelo seu sangue derramado na cruz.

Daí dizer: "Eu não me confesso com os padres, porque eles também são pecadores, demonstra igual insensatez, como afirmar: "Eu não vou, com minha doença procurar conselho e remédio dos médicos, porque eles também ficam doentes".
Por isso os Católicos, mesmo que sejam papas, cardeais e reis, dobram humildemente suas cabeças diante de tão claras palavras de Jesus e confessam seus pecados diante dum simples sacerdote, para receber o perdão de Deus.

Os outros crentes, porém, preferem ignorar estas palavras de Jesus, e desprezar o grande dom de Jesus, no sacramento da Penitência. Para motivar este procedimento, procuram na Bíblia vários textos no sentido: "Convertei-vos... fazei penitência... arrependei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados,... para que sejais salvos".

Ninguém duvida de que o sincero arrependimento dos pecados, com firme propósito de não pecar mais, e satisfação feita a Deus e aos prejudicados, eram no Antigo Testamento condições necessárias e suficientes para obter perdão de Deus. O mesmo vale ainda hoje para todos os que desconhecem Jesus e seu Evangelho: para os que não têm nenhuma ocasião de se confessar: e são ainda condições necessárias para obter perdão na boa Confissão. Mas quem no seu orgulho não acredita na veracidade e obrigatoriedade das palavras de Cristo Ressuscitado, com as quais ele instituiu o sacramento da Penitência, e por isso não quer se confessar, dificilmente receberá perdão!

Cada pecado é um ato de orgulho e desobediência contra Deus. Por isso "Cristo se humilhou e tornou-se obediente até a morte, e morte na cruz" ( Flp 2,8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados, e nos merecer perdão. Por isso ele exige de nós este ato de humildade e de obediência, na Confissão sacramental, na qual confessamos os nossos pecados diante do seu representante, legitimamente ordenado. E, conforme a sua promessa: "Quem se humilha, será exaltado e quem se exalta, será humilhado"( Lc 18,14 ).

Alguns "crentes" aliciam os católicos para sua seita com a promessa de que, depois do batismo (pela imersão) estarão livres de qualquer pecado e nem poderão mais pecar! Conseüuentemente, não precisarão mais de nenhuma Confissão). Apóiam esta afirmação nas palavras bíblicas de I Jo 3,6 e 9 : "Quem permanece Nele, não peca, não o viu, nem o conhece" e "Todo aquele que é gerado por Deus, não comete pecado, porque nele permanece o germe divino ( a graça santificante)".

Em Resposta, lembro o princípio bíblico de que entre as verdades bíblicas, reveladas por Deus, não pode haver contradições. Por isso, as palavras menos claras, devem ser esclarecidas por palavras mais claras ou pela autoridade estabelecida por Deus ( Magistério da Igreja ). Ora, o próprio João Apóstolo escreve em ( I Jo 1,8-10 ): "Se dissermos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, e nos perdoa os nossos pecados , e nos purifica de toda a iniqüidade. Se dissermos que não temos pecado, taxamo-Lo de mentiroso, e sua palavra não está em nós."

Por isso a Tradição Apostólica interpreta as palavras de I Jo 3,9: "Todo aquele que é gerado por Deus não peca", no sentido de não deve pecar gravemente", já que possuindo a graça de Deus , tem suficiente força para vencer as tentações. Enquanto as claras palavras em I Jo 1,8-10 falam dos pecados leves - veniais; sendo somente Maria Imaculada livre de qualquer mancha do pecado original e pessoal, em previsão dos méritos antecipados de Jesus Cristo que a escolheu por sua Mãe.

Portanto, todos os homens adultos necessitam de Misericórdia divina; e os sinceros seguidores da Bíblia recebem-na, agradecidos, no sacramento da confissão.


Pe. Vicente, SVD
fonte: puc-pr

Fé Católica | Batismo


2. BATISMO

ACUSAÇÃO: O batismo dos católicos não é válido! Só os adultos que crêem podem receber validamente o batismo, que só vale por imersão!

RESPOSTA: Onde estão provas bíblicas para esta afirmação? Não existem!
a) Alguns "crentes" afirmam que Jesus foi batizado no rio Jordão por imersão. Mas, os Evangelhos não falam disso! Pode ter sido batizado como o apresentam antigas estampas: ficando com os pés no rio, enquanto S. João lhe derramava a água, com a mão, na cabeça. Na verdade, o modo de molhar o corpo com a água não tem importância! Senão seria prescrito!

b) Outros afirmam que "baptizare, em grego, significa "imergir na água", logo... Os biblistas, porém, documentam que em várias passagens da Bíblia esta palavra significa, igualmente, "lavar" ou "molhar" na água as mãos, os dedos, os pés etc. São Paulo usa esta palavra em 1 Cor 10,2: "Todos ( os Israelitas ) foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar ".(- como símbolo do batismo cristão ). Sabemos, porém, que este batismo não aconteceu por imersão pois os Israelitas junto com todas as crianças, passaram o mar vermelho a pé enxuto, tocando a areia úmida do mar. Quem tomou o "batismo por imersão", foram os soldados egípcios! E todos pereceram! (Ex.14,19-20). No batismo vale mais a fé em Deus e a obediência a seu legítimo representante do que a maneira de aplicar a água.

c) Alguns textos bíblicos indicam o batismo feito por imposição. Em At 8,36-38 lemos sobre o batismo do eunuco etíope, feito pelo diácono Filipe, no Caminho entre Jerusalém e Gaza, onde não existe nenhum rio ou lagoa, em que seria possível batizá-la por imersão. Há apenas pequenas nascentes.

At 9,18-19 relata o batismo de Saulo convertido numa casa de Damasco. Não havia piscina nem tempo para batismo por imersão; pois, lemos: "Imediatamente lhe caíram dos olhos como escamas, e recuperou a vista. Levantando-se, foi batizado, e tomando alimento, recuperou as forças."

Igualmente em Filipos ( At 16,33 ) S. Paulo batizou o carcereiro convertido: "Naquela hora da noite ( o carcereiro ) lavou-lhe as chagas e imediatamente foi batizado ele e toda sua família". E nos cárceres romanos não havia piscinas!

d) Como no caso acima, assim também na ocasião do batismo de Lídia e de Estéfanas, S. Paulo menciona que Lídia recebeu o batismo "com todos os de sua casa "( At 16, 14-15 ) e "batizei a família de Estéfanas" (1 Cor 1,16 ), onde, certamente, não faltavam crianças pequenas.

O próprio Jesus afirma a Nicodemos: "Em verdade, em verdade te digo, que quem não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no Reino de Deus". Para os primeiros cristãos esta regra valia igualmente para as crianças. Por isso Santo Ireneu ( que viveu entre 140 a 204 ) escreveu: "Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos"( Adv. Haer. livro 2 ).

Orígenes ( 185 255 ) escreve: "A igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo aos recém-nascidos". ( Epist. ad Rom. Livro 5,9 ) . E.S. Cipriano em 258 escreve: "Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças". ( Carta a Fido ).

e) Na "Nova e Eterna Aliança" o batismo substituiu a circuncisão da "Antiga Aliança", como rito da entrada para o povo escolhido de Deus. Ora, se o próprio Deus ordenou a Abraão circuncidar os meninos já no 8° dia depois do nascimento, sem exigir dele uma fé adulta e livre escolha, então não seria lógico recusar o batismo às crianças dos pais cristãos, por causa de tais exigências.

Por isso a Igreja Católica recomenda batizar as crianças dentro do primeiro mês, após o nascimento.

Mesmo que as seitas não dêem valor à Tradição Apostólica, cada homem honesto reconhece que os cristãos dos primeiros séculos conheciam muito bem e observavam zelosamente a doutrina e as práticas religiosas recebidas dos Apóstolos.

Pe. Vicente, SVD
fonte: puc-pr
Foto: Pixbay

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