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sexta-feira, 24 de março de 2023

179 anos do nascimento do Pe. Cícero Romão Batista.


“Minha Santa, Beata Mocinha Eu vim aqui, vim ver meu padrin’ Meu padrin’ fez uma viagem, oi Deixou Juazeiro sozinho Meu padrin’ fez uma viagem, oi Deixou Juazeiro sozinho“ (Luiz Gonzaga)


É impossível ser Nordestino e não conhecer a figura do Pe. Cícero Romão Batista, ou ‘Padrin Ciço’ com carinhosamente chamamos. Cícero Romão Batista, nasceu em 24 de março de 1844 na cidade do Crato/CE. Morreu em 21 de julho de 1934 na cidade de Juazeiro (do Norte), na região Cariri do Ceará.

O ‘Padrin’ do povo sofrido, foi ordenado no dia 30 de novembro de 1870, no Seminário da Prainha na cidade de Fortaleza. Após sua ordenação o Padre Cícero volta para cidade de Crato, onde leciona a língua latina no Colégio Padre Ibiapina.

No Natal de 1871 o Padre Cícero visitou o povoado de Juazeiro (Tabuleiro Grande) pela primeira vez. No dia 11 de abril de 1872 o sacerdote volta ao lugarejo, desta vez para fixar
morada. Segundo alguns historiadores a decisão de instalar-se em Juazeiro deu-se após uma visão qual o próprio Cristo teria enviado para cuidar do povo pobre.

O Padre Cícero foi o grande incentivador do desenvolvimento do povoado, mudando costumes e educando na fé, por visitas às famílias do lugarejo, que provocou o crescimento gradual do lugar. Sempre confiando na intercessão da Bem-aventurada Maria qual tinha plena confiança. Em seu pastoreio, fez melhoras estruturais na capela para melhor abrigar o povo que ia em busca dos conselhos e das orações do padre.

Em 1º de março de 1889 acontece o milagre que mudaria a história do lugar. Após ouvir as costumeiras confissões, ao ministrar a comunhão diária aos fiéis, aconteceu o Milagre da Hóstia, onde a partícula consagrada recebida pela beata Maria de Araújo se transformou em sangue, fato que aconteceria dezenas de vezes.

Ao tomar conhecimento dos fatos, a Arquidiocese de Fortaleza enviou uma comissão para investigá-los A primeira comissão confirmou que os fatos extraordinários estavam acontecendo. Insatisfeito com o parecer o então Bispo Dom Joaquim, enviou uma segunda comissão, que no final dos trabalhos não aprovou o Milagre, considerando-o embuste, por consequência o bispo suspendeu Pe. Cícero de Ordens e proibindo de falar sobre os acontecimentos de Juazeiro. Foi a Roma defender-se da acusação. Além de Padre, Cícero foi 1º Prefeito de Juazeiro (1911) e Deputado Federal em 1926 (não assumiu) pelo Estado do Ceará.

Quanto a Beata Maria de Araújo, que particularmente considero uma Santa, foi reclusa em Fortaleza onde faleceu em 17 de janeiro de 1914. Antes de sua morte sofreu grande repressão física e psicológica, foi silenciada e questionada pelas autoridades eclesiásticas de seu tempo. Questionada, nunca negou os fatos. O afastamento do Pe. Cícero, qual era seu pai espiritual e bem feitor, lhe causou grande angustia, morrendo sem contato com sacerdote.

Por.: Josemar Oliveira

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