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quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Os bispos, discípulos missionários de Jesus Sumo Sacerdote | Documento de Aparecida n° 186-190


186. Os bispos, como sucessores dos apóstolos junto com o Sumo Pontífice e sob sua autoridade, com fé e esperança aceitamos a vocação de servir ao Povo de Deus, conforme o coração de Cristo, o Bom Pastor. Junto com todos os fiéis e em virtude do batismo somos, antes de mais nada, discípulos e membros do Povo de Deus. Como todos os  batizados e, junto com eles, queremos seguir a Jesus, Mestre de vida e de verdade, na comunhão da Igreja. Como Pastores, servidores do Evangelho, somos conscientes de termos sido chamados a viver o amor a Jesus Cristo e à Igreja na intimidade da oração e da doação de nós mesmos aos irmãos e irmãs, a quem presidimos na caridade. É como disse santo Agostinho: com vocês sou cristão, para vocês sou bispo.

187. O Senhor nos chama a promover por todos os meios a caridade e a santidade dos fiéis.  Empenhamo-nos para que o povo de Deus cresça na graça mediante os sacramentos presididos por nós mesmos e pelos demais ministros ordenados. Somos chamados a ser mestres da fé e, portanto, a anunciar a Boa Nova, que é fonte de esperança para todos e a velar e promover com solicitude e coragem a fé católica. Em virtude da íntima fraternidade que provêm do sacramento da Ordem, temos o dever de cultivar de maneira especial os vínculos que nos unem a nossos presbíteros e diáconos. Servimos a Cristo e à Igreja mediante o discernimento da vontade do Pai, para refletir o Senhor em nosso modo de pensar, de sentir, de falar e de se comportar em meio aos homens. Em síntese, os bispos têm de ser testemunhas próximas e alegres de Jesus Cristo, Bom Pastor (cf. Jo 10,1-18).

188. Os bispos, como pastores e guias espirituais das comunidades a nós encomendadas, são chamados a “fazer da Igreja uma casa e escola de comunhão”. Como animadores da comunhão, temos a missão de acolher, discernir e animar carismas, ministérios e serviços na Igreja. Como padres e centro da unidade, esforçamo-nos por apresentar ao mundo o rosto de uma Igreja na qual todos se sintam acolhidos como em sua própria casa. Para todo o Povo de Deus, em especial para os presbíteros, procuramos ser padres, amigos e irmãos sempre abertos ao diálogo, especialmente para os presbíteros. 

189. Para crescer nestas atitudes, os bispos precisam procurar a união constante com o Senhor, cultivar a espiritualidade de comunhão com todos os que crêem em Cristo e promover os vínculos de colegialidade que os unem ao Colégio Episcopal, particularmente com seu cabeça, o Bispo de Roma. Não podemos esquecer que o bispo é princípio e construtor da unidade de sua Igreja Local e santificador de seu povo, testemunha de esperança e padre dos fiéis, especialmente dos pobres, e que sua principal tarefa é ser mestres da fé, anunciador da Palavra de Deus e da administração dos sacramentos, como servidores da grei.

190. Todo o Povo de Deus deve agradecer aos Bispos eméritos que, como pastores têm entregado sua vida a serviço do Reino de Deus, sendo discípulos e missionários. A eles acolhemos com carinho e aproveitamos sua vasta experiência apostólica que, não obstante, pode produzir muitos frutos. Eles mantêm profundos vínculos com as dioceses que lhes foram confiadas às quais estão unidos por sua caridade e sua oração.

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DOCUMENTO DE APARECIDA: Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, Edições CNBB, Paulinas, Paulus, 2007

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