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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Cristãos são mortos em ataque à igreja ortodoxa na Etiópia

Ortodoxos. Foto: Google

Três cristãos foram mortos e pelo menos quatro ficaram feridos após um ataque a uma igreja ortodoxa no sábado (4), na cidade de Shashimani, na Etiópia.

De acordo com fontes locais da igreja, forças de segurança do governo abriram fogo contra uma multidão que protegia a Igreja de São Miguel de ser tomada por um bispo rebelde, em meio às crescentes tensões dentro da Igreja Ortodoxa Etíope Tewahedo.

Dois jovens cristãos ortodoxos e uma mulher morreram no ataque, de acordo com a Agence France-Presse.

O Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Tewahedo, uma das igrejas cristãs mais antigas do mundo, condenou o atentado e chamou a ação das forças de segurança de "assassinato público".

"A igreja condena absolutamente a violação ilegal dos direitos humanos e a morte brutal dos crentes que saíram para proteger a igreja de São Miguel na cidade de Shashemene, diocese de West Arsi. O Santo Sínodo decidiu que a justiça deve ser feita em todas as localidades fazendo orações sinodais e religiosas apropriadas”, afirmou em comunicado.

No mês passado, bispos rebeldes formaram um sínodo independente em Oromia, que foi declarado ilegal pela liderança. Os bispos envolvidos foram excluídos da igreja.

Chefiada pelo patriarca Abune Mathias, a Igreja Ortodoxa Etíope também acusou o governo do primeiro-ministro Abiy Ahmed de interferir em seus assuntos e apoiar o "grupo ilegítimo" de bispos.

Na Etiópia, cerca de 40% da população são membros da Igreja Ortodoxa Etíope Tewahedo.

 

Com informações: Missões Urgentes

Quem blasfemar contra o Espírito Santo...



Hoje não ouvimos muito sobre o pecado contra o Espírito Santo, embora as Escrituras falem claramente sobre isso. Quando os fariseus dizem que Jesus expulsa os demônios com a ajuda de Belzebu (Mc 3,29), na verdade estão  atribuindo ao príncipe dos demônios o que Jesus faz com o poder de sua própria divindade e com o poder do Espírito Santo.

Depois disso, Jesus diz que quem pecar contra o Espírito Santo não será perdoado nem nesta vida nem na vida futura.

O pecado contra o Espírito Santo, a blasfêmia contra o Espírito Santo, não consiste apenas em palavras, mas pode ser realizado em ações, ou pode vir diretamente do coração de uma pessoa.

O Espírito Santo é o próprio amor (caritas). O perdão dos pecados realiza-se na Igreja através do amor. É por isso que atribuímos especificamente o perdão dos pecados ao Espírito Santo. (Cf. " Recebei o Espírito Santo. A quem perdoas os pecados, eles são perdoados ", Jo 20,22-23).

Portanto, podemos dizer que ele comete um pecado imperdoável contra o Espírito Santo, que consciente e deliberadamente resiste ao perdão dos pecados, ou seja, o Espírito Santo, em pensamento, coração, palavras ou ações, e persiste neste pecado até sua morte.

E é por isso que Santo Agostinho diz que o pecado contra o Espírito Santo nada mais é do que a cumplicidade com o pecado, que dura até a morte, depois da qual não há como voltar atrás.

Assim como atribuímos o perdão dos pecados ao Espírito Santo, também atribuímos a bondade. O Espírito Santo é a própria Bondade. Portanto, aquele que - com malícia deliberada - blasfema contra o Espírito Santo em seu coração, ou com palavras ou ações, está resistindo deliberadamente à bondade do Espírito Santo.

Pode ser assim, por exemplo, quando alguém blasfema contra Deus por malícia, mas também pode ser pecado contra o Espírito Santo quando alguém duvida da misericórdia de Deus e nela persevera até à morte, ou simplesmente olha com demasiada presunção para a misericórdia de Deus e se permite tudo. Nesses casos, a esperança, o santo temor de Deus e outros dons do Espírito Santo se desgastam do coração, e daí nasce a indulgência para com o pecado.

Tomás observa ainda que xingamentos e palavrões cometidos por fraqueza humana (isto é, não por malícia), embora sejam pecado, não podem ser considerados pecado imperdoável contra o Espírito Santo (caso a pessoa se arrependa), porque neste caso é é mais um mau hábito ou esquecimento de si mesmo, bem como falta de controle das emoções, e não uma verdadeira malícia. Mas o hábito gera pecado e pode até se tornar pervertido.

Podemos alimentar a nossa relação com Deus, o nosso amor a Deus e ao Espírito Santo, alimentando e vivificando as virtudes, a fé, a esperança, o amor, etc., assim como os dons do Espírito Santo. 


Santo Tomás de Aquino, Sobre o mal, q.3.a.14.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

A importância do matrimônio nos padres da Igreja


 "O matrimônio é um dos sete sacramentos da vida eclesial. É a unidade de duas pessoas que se amam, projetam uma vida em conjunto, com a vida de filhos e filhas para assim formar uma só carne como Jesus falou aos seus discípulas, discípulos, missionárias e missionários. É preciso rezar por todos os casais, aqueles que estão bem os passam por algumas dificuldades de relacionamento, falta de emprego ou estão em segunda união."

Por Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá (PA)


Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança(Gn 1,26), como dons a serem desenvolvidos na realidade do mundo e em vista da glória do Senhor. Esta unidade do homem com a mulher e da mulher com o homem alude ao desejo do próprio Criador de que o casal viva bem, junto na paz e no amor. Tudo é dado de uma forma simples e humilde o qual este processo não pode se dissolver, porque como diz a Escritura o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois formarão uma só carne (Gn 2,24). Jesus retomou o ideal e a objetividade do matrimônio na criação quando foi perguntado pelos fariseus se era permitido ao homem despedir a mulher por qualquer motivo, afirmou ele que o Criador os criou para viverem unidos, pois, o que Deus uniu o ser humano não separe (Mt 19,3-6). O casal é abençoado por Deus desde as origens no mistério do amor do Senhor Deus Uno e Trino para com a humanidade. Será muito importante ver como os padres da Igreja, os primeiros escritores cristãos elaboraram esta doutrina que ilumina as pessoas nos séculos posteriores até chegar à atualidade. O matrimônio é graça de Deus e é responsabilidade humana.

O matrimônio como unidade de duas pessoas.

O matrimônio era visto pelos padres da Igreja, como entrega de duas pessoas para uma vida em conjunto, tendo a benção de Deus para a sua unidade. Eles falaram de um acordo que foi ratificado por Deus que criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança (Gn 1,26). O Senhor conduz a esposa ao esposo e o esposo à esposa tendo como conseqüência as núpcias e ratificando a sua união, dada pela Igreja[1]. O princípio da unidade e da indissolubilidade estavam presentes nos padres da Igreja ganhando força a palavra do Criador destes valores cristãos ao matrimônio e o Senhor Jesus que também colocou o matrimônio no plano das origens, do Criador em vista das pessoas buscarem uma vida indissolúvel, uma só carne (Mt 19,4-5)[2]


A benção do matrimônio cristão

Tertuliano, padre da Igreja no Norte da África dos séculos II e III afirmou a felicidade do matrimônio porque é a Igreja que ratifica a vivência de duas pessoas, une os jovens para viverem juntos sendo a imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26). É uma espécie de hóstia eucarística, uma benção selada, que os anjos anunciam nos céus e o Senhor Deus aprovou?[3]. Tertuliano colocou a importância do casal na unidade de seus projetos e de suas vidas. Para ele seriam dois fiéis, homem e mulher unidos numa única esperança num só desejo, num único respeito, numa única vida de serviço e doação[4].
Única carne na vida e na Igreja
 

Tertuliano reforçou também a unidade a partir do dado bíblico, proveniente do Senhor Jesus no qual o casal é dois numa única carne (Mt 19,6). Desta forma é uma só vida, sendo também um só espírito, onde juntos rezam, juntos se ajoelham, fazem as admoestações um ao outro, exortando-se um a outro, como também se confortam um ao outro[5].

Esta unidade na vida humana para ser uma só carne, é dada também na Igreja de Deus, no banquete do Senhor, da eucaristia, sendo também igual nas perseguições e nas consolações. O casal visita livremente os doentes, dá uma grande ajuda aos pobres. A cruz não se faz no esconderijo, a benção não é dada no silêncio na vida do casal. Ao ver e sentir estas coisas, o Senhor Jesus alegra-se, convidando-o à sua paz (Jo 14,27). Onde está o casal lá se encontra o Senhor (Mt 18,20) e onde Ele está, não há lugar para o mal[6].


O matrimônio: a união

São Clemente de Alexandria, Padre dos séculos II e III disse que o matrimônio é a união de um homem e de uma mulher, segundo a lei, em vista do amor e da procriação. A pessoa casa com o tempo com uma pessoa que o ama e assim o casal tenha as condições para a geração de filhos e de filhas[7]. O casal é convidado a se querer bem um com o outro e também seja ciente na procriação dos filhos[8].
A superação da divisão
 

São Clemente reforçava a idéia para os homens casados não buscarem a divisão com as suas próprias mulheres pela vida dos filhos e por ser uma opção que não favorece a lei do Senhor, a divisão é claro. O autor exortava para que se começasse a partir do matrimônio a mostrar em casa o valor de uma vida de santidade. É uma realidade excepcional a união conjugal, o matrimônio é uma grande graça para o serviço do Senhor no mundo[9].


A vivência da virtude e da unidade

O autor alexandrino teve também presente na unidade do casal a vivência das virtudes, da fé, da caridade no homem e na mulher, pois se tratava do matrimônio cristão. O fato é que o mesmo Deus está em ambos, e é também para ambos, o mesmo Pedagogo, Jesus Cristo. Uma é também a Igreja, a temperança, comum é o alimento, o vínculo nupcial, um é o respiro, a vista, o conhecimento, a esperança, a obediência, o amor porque todas as coisas são iguais na unidade do matrimônio. As pessoas as quais tem comunhão de vida pelo matrimônio, terão em comum, a graça e a salvação[10].
Deus os criou homem e mulher
 

Orígenes, padre alexandrino dos séculos II e III teve presente o dado bíblico de que o Senhor Deus criou o ser humano, homem e mulher, como imagem e semelhança suas, para que também crescessem, se multiplicassem, enchessem a terra e a dominassem (Gn 1,27-28). O Senhor abençoou os dois para que vivessem bem em unidade com as criaturas e com Deus[11].


A igualdade diante de Deus

Orígenes ressaltou que a forma como Deus criou o homem e a mulher conduz a unidade do casal e à plena igualdade diante do Criador. Não existe uma superioridade de um para com o outro pelo fato de serem criaturas feitas pelo Senhor. Por isso Orígenes é contra a dominação no casal por que toda a relação com Deus seja digna pela vivência da unidade no matrimônio, uma vez que o Salvador disse que assim não são mais dois, mas uma só carne (Mt 19,21). Quando as coisas reinam no matrimônio, como a concórdia, a harmonia por parte do marido para com a mulher, e por parte da mulher com o marido, agindo em favor da unidade e da igualdade é possível que a palavra de Deus se realize no matrimônio, pois não se trará mais de dois. É Deus mesmo que une as duas pessoas em uma só, afim de que não sejam dois seres distintos, mas que vivam unidos entre si, com os outros e com Deus[12]. Para Orígenes é muito importante afirmar que quando o matrimônio respira a graça de Deus, deriva a harmonia, o amor no casal. O matrimônio constitui uma graça divina, quando não existe a instabilidade, mas quando reina a paz, dom de Deus para o mundo e para o casal[13].
 

O matrimônio é um dos sete sacramentos da vida eclesial. É a unidade de duas pessoas que se amam, projetam uma vida em conjunto, com a vida de filhos e filhas para assim formar uma só carne como Jesus falou aos seus discípulas, discípulos, missionárias e missionários. É preciso rezar por todos os casais, aqueles que estão bem os passam por algumas dificuldades de relacionamento, falta de emprego ou estão em segunda união. As autoridades olhem com carinho as famílias para que hajam políticas públicas em favor das mesmas. Os padres da Igreja tiveram presentes as palavras do Criador lá no início e a retomada do Senhor Jesus ao mesmo plano de unidade, de fraternidade para assim formar um só ser no mundo e um dia na eternidade.



[1] Cfr. H. Crouzel – L. Odobrina. Matrimonio. In: Nuovo Dizionario Patristico e di Antichità Cristiane, diretto da Angelo di Berardino, F-0. Genova-Milano, Casa Editrice Marietti, 2007, pgs. 3133-3134.
[2] Cfr. Idem, pg. 3134.
[3] Cfr. Tertulliano. Alla sua sposa II, 8,6. In: La Coppia nei Padri. Introduzione, Traduzione e note di Giulia Sfameni Gasparro, Cesare Magazzù, Concetta Aloe Spada. Milano, Edizione Paoline, 1991, pg. 185.
[4] Cfr. Idem, 8,7, pg. 186.
[5] Cfr. Ibidem.
[6] Cfr. Idem, 8,8, pgs 186-187.
[7] Cfr. Clemente Alessandrino. Stromati II, 137-1-4. In: Idem, pgs. 200-201.
[8] Cfr. Idem, III, 58,1-2;, pgs. 202-203.
[9][9] Cfr. Clemente Alessandrino. Il Pedagogo, III,XI,84,1. In: Idem, pg. 203.
[10]Cfr. Idem, I,IV,10,1-2. In: Idem, pg. 205.
[11] Cfr. Origene. Omelie sulla Genesi I, 14. In: Idem, pg. 226.
[12] Cfr. Origene. Commento al Vangelo di Matteo XIV,16. In: Idem , pgs. 231-232.
[13] Cfr. Commento a 1 Cor., fr. 34e fr. 35: C. Jenkins, The Origen Citations in Cramer´s Catena on I Corinthians, JTS 9. In: Idem, pg 233.

 

Fonte:Vatican.va

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Santo do Dia | Apresentação de Jesus no Templo


A festa de hoje, cuja origem remonta ao século IV, era chamada Purificação de Nossa Senhora, lembrando o cumprimento da lei, conforme descrição do segundo capítulo de são Lucas. Quarenta dias após o nascimento Jesus foi levado ao Templo para se cumprir a lei a respeito dos primogênitos e a respeito da purificação da mãe. A reforma litúrgica de 1960, querendo dar o verdadeiro sentido ao acontecimento de origem, que é a oferta de Jesus ao Pai, símbolo do sacrifício da cruz, deu o nome de Apresentação do Senhor. Nem Jesus, nem Maria estavam sujeitos a essa lei, pois eram sem pecado, mas quiseram dar-nos exemplo de submissão às autoridades. É comovente lição de humildade, juntamente com a de pobreza demonstrada no presépio.

O encontro do Senhor com o profeta Simeão e a profetisa Ana no Templo ressalta o caráter sacrifical da celebração e a comunhão pessoal de Maria com a morte de Jesus na cruz. Simeão profetizou a respeito de Maria: “Uma espada traspassará tua alma”. Maria, por causa da sua íntima união com a pessoa de Cristo, foi associada ao sacrifício do Filho. O imperador Justiniano decretara feriado para todo o império do Oriente nesse dia.

Roma adotou a festividade na metade do século VII. O papa Sérgio I instituiu a mais antiga das procissões penitenciais de Roma. Partia da igreja de santo Adriano e chegava até a igreja de santa Maria Maior. O rito da bênção das velas se inspirava nas palavras do velho Simeão: “Meus olhos viram a tua Salvação que preparaste diante de todos os povos, como luz para iluminar as Nações”. Data de Beda, o Venerável, a notícia que esta procissão opunha-se à procissão dos Lupercalia dos romanos e era destinada à reparação das extravagâncias que se faziam em tais circunstâncias.

Extraído do livro:

Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini

Fonte: Paulos Livraria


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Oração a São Miguel Arcanjo




Oração a São Miguel Arcanjo

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e as ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a satanás e a todos os espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.


terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Papa erige a diocese de Araguaína (TO) e nomeia dom Giovane de Melo como primeiro bispo

Dom Giovane de Melo. Foto: Google.

 

A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou, nesta terça-feira, 31 de janeiro, a instituição de uma nova diocese no Regional Norte 3, que compreende o Tocantins, o Sudeste do Pará e o Nordeste de Mato Grosso. O Papa Francisco erigiu a nova diocese de Araguaína, no Tocantins, e nomeou seu primeiro bispo: dom Giovane Pereira de Melo, que é o atual bispo de Tocantinópolis e presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).  

Santo do dia | São João Bosco


João Bosco tinha um propósito firme e constante: levar o maior número de almas ao Paraíso! É que ele sempre cultivou em seu coração, colocando, acima de tudo, a salvação eterna dos que encontrava pelas ruas ou que batiam à sua porta. Seu zelo com as crianças de rua, pobres ou sem educação, exigia, paulatinamente, uma vida mais espiritual do que social.

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