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sábado, 31 de dezembro de 2022

Morre Bento XVI, "humilde trabalhador na vinha do Senhor"

Papa emérito morreu às 9h34 deste sábado, 31 de dezembro


Vatican News

Comunicado do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni:

    “Com pesar informo que o Papa Emérito Bento XVI faleceu hoje às 9h34, no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano. Assim que possível, serão enviadas novas informações”

Desde quarta-feira passada, quando o Papa Francisco afirmou que seu predecessor estava muito doente, fiéis do mundo inteiro se uniram em oração pela saúde do Papa emérito. Bento XVI tinha 95 anos e vivia no Mosteiro Mater Ecclesiae desde sua renúncia ao ministério petrino, em 2013.

O corpo do Papa emérito estará na Basílica de São Pedro para a saudação dos fiéis a partir da segunda-feira, 2 de janeiro.

 #BentoXVI #ApostoladoLeigo #Apostolado21 #Liturgia #IgrejaCatólica #Evangelização #JesusCristo #Catequese #Notícia #urgente

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Santo do Dia | Sagrada Família, Jesus, Maria e José, Festa


 

Sagrada Família de Nazaré. Jesus, Maria e José

A festa da Sagrada Família tem as suas origens no fim do século XIX. A Igreja inquietava-se então com o que considerava a decadência moral: o progresso do “naturalismo” devido aos avanços da ciência, a penetração do ateísmo e a autonomia cada vez maior da política e do direito em relação à Igreja. Certos Estados chegaram mesmo a aprovar legislação que permitia o casamento civil. E viam-se cada vez mais casais compostos por católicos e não católicos.

Por isso os papas tentaram valorizar a comunidade familiar como instituição propriamente cristã, fundada sobre o Evangelho. Assim, a 26 de Outubro de 1921, o Papa Bento XV instituiu um dia consagrado especificamente à Sagrada Família.

A passagem evangélica para esta festa era a mesma da data escolhida para a sua celebração (Domingo a seguir à Epifania): Lucas 2, 41-52. O trecho bíblico situava-se na continuidade das leituras do ciclo do Natal: depois da manifestação aos pastores e aos magos, o Menino expressava-se aos sábios, em Jerusalém. No entanto, a introdução da festa fez com que se desvanecesse a evocação da manifestação de Jesus no Templo de Jerusalém, em detrimento da acentuação da sua família.

Com a reforma do calendário litúrgico ocorrida após o concílio, a festa da Sagrada Família transitou para o coração do Natal, no Domingo a seguir ao dia 25 de Dezembro. Do ponto de vista pastoral, pode encontrar-se um certo interesse: o Natal é uma festa intimamente ligada à vida familiar, pelo que a escolha da data nada tem de incongruente, bem pelo contrário. Contudo, a perspectiva com que a narrativa é abordada não lhe faz justiça. Lembremos que o texto centra-se, antes de tudo, na revelação de Cristo como Filho de Deus, e não tanto na sua família humana.

Ainda assim, é sempre possível reflectir sobre a família, sem perder de vista a questão da manifestação de Jesus. Com efeito, é interessante sublinhar que o evangelista Lucas situa esta revelação no quadro de uma cena muito simples. José, Maria e o Menino participam na peregrinação anual, tal como hoje muitas pessoas saem de casa para visitar os familiares durante o período das festas. Nada de extravagante como acontecimento: é quase uma rotina. Mas o ambiente da festa litúrgica constitui, sem dúvida, uma condição favorável ao despertar espiritual…

Se o contexto é relativamente modesto e, por assim dizer, comum, o mesmo não se pode dizer da maneira como Jesus manifesta a sua identidade profunda. Ele desaparece da vista dos seus parentes durante três dias. Quando o reencontram, está a conversar com os sábios do Templo! Jesus acabava de desorientar a vidinha tranquila da sua família: a narrativa refere que os seus próximos “ficaram assombrados”.

Esta cena convida-nos a reconhecer que o Senhor pode manifestar-se em todas as dimensões da nossa vida, inclusivamente no meio familiar. E, por vezes, os efeitos da sua presença podem provocar espanto ou incompreensão. Em nome da sua fé, uma pessoa poderá fazer escolhas ou comprometer-se na sociedade de uma maneira que perturbe a célula familiar.

Como reagir numa situação semelhante? Lucas propõe discretamente a figura de Maria: “Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração”. Esta frase curta comporta um ensinamento de grande riqueza e de duplo alcance.

Em primeiro lugar, a atitude de Maria está marcada pela sabedoria. Ela ilustra a aceitação de que nem sempre se pode compreender e controlar o que acontece na nossa vida, incluindo o que acontece no nosso contexto mais imediato. Maria toma consciência de que há alguma coisa no seu filho que lhe escapa. Não somente porque ele é Filho de Deus, mas também porque é inteiramente um ser humano.

Por outro lado, Maria nunca procura disfarçar, abafar ou desembaraçar-se destes acontecimentos. Pelo contrário, dá-lhes um lugar privilegiado: “no seu coração”. O que acabou de suceder está longe de ser uma ocorrência banal: o seu filho fugiu e respondeu aos parentes em tom de censura.

Não se trata de curar as feridas, mas de reconhecer que, muitas vezes, é preciso um tempo de maturação para dar sentido a um acontecimento.


Por: Jean Grou


ORAÇÃO 

Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor e, confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado, seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do carácter sagrado e inviolável da família e da sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica. Amém.

Papa Francisco


Fonte: snpcultura.org

#Devoção #SagradaFamília #Matrimônio #Sacramento #Ícone #Liturgia

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Escadaria da Igreja Sagrada Família, nas Rocas, é novo espaço a receber a arte dos mosaicos


Os degraus da escadaria da Igreja Sagrada Família, no bairro das Rocas, já estampam as imagens coloridas do cotidiano e da religiosidade do bairro, através da arte dos mosaicos. Trata-se de mais um projeto de arte urbana executado pela Prefeitura de Natal (RN) em sua política pública de revitalização de espaços públicos, que teve o pontapé com a Escadaria de Mãe Luíza, inaugurada no início de 2022.

As simbologias locais, as flores e as figuras dos Santos Reis e da Sagrada Família foram identificados e retrabalhados com estética Naif, a partir de técnicas individuais dos mosaicistas selecionados em chamada pública pela Secretaria de Cultura (Secult/Funcarte). A assinatura é conjunta dos seis artistas, João Batista de Lima, Rosângela Rocha, Wendell Batista, Mariana Faria, Cidia Lima e Gildeci Pereira, que criaram peças adaptadas para a escadaria, o revestimento das paredes laterais e das jardineiras.

Para o prefeito Álvaro Dias, a criação de galerias ao ar livre é parte da filosofia de dotar as cidades agradáveis para as pessoas que vivem e passar por elas. “Iniciamos com os mosaicos de Mãe Luíza, que já é considerada a maior escadaria artística do país. Agora temos as Rocas e o próximo projeto será na Cidade da Esperança. Vamos tornar os espaços bonitos e duráveis, embelezando e transformando os locais em pontos de interesse comunitário e turístico”, antecipa o Prefeito.

Via Robson Pires.

Papa Francisco pede orações por Bento XVI




No final da Audiência Geral, o Papa Francisco pede “orações especiais” por Bento XVI “que está muito doente”. O diretor da assessoria de imprensa da Santa Sé confirma que houve um agravamento em seu estado, mas afirma que a situação é estável.

Por Linda Bordoni/ Vatican News.

Concluindo a Audiência Geral da manhã de quarta-feira, o Papa Francisco pediu aos fiéis uma "oração especial" por seu predecessor, o Papa Emérito Bento XVI, de 95 anos: "Que o Senhor o sustente neste testemunho de amor à Igreja até o fim ".

Respondendo a perguntas feitas por jornalistas, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, confirmou que "nas últimas horas houve um agravamento de sua saúde devido ao avanço da idade".

Ele acrescentou que a situação “no momento permanece sob controle” e que o Papa Emérito é constantemente monitorado por médicos.

Bruni também disse que depois da Audiência Geral na Sala Paulo VI, o Papa Francisco foi ao mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano, onde reside Bento XVI.

“Nós nos juntamos a ele em oração pelo Papa Emérito”, disse Bruni.

Natal festeja os Santos Reis Magos, copadroeiros da cidade.



Os festejos deste ano tem por tema: "Com Cristo, renovemos nossa Fé e Esperança".

A comunidade dos Santos Reis, localizada na Zona Leste da capital potiguar, celebra no período de 27 de dezembro de 2022 à 06 de janeiro de 2023, os festejos em homenagem aos Três Reis Magos, Gaspar, Balthazar e Belchior, padroeiros do bairro e copadroeiros da cidade do Natal.

Os festejos deste ano tem por tema: "Com Cristo, renovemos nossa Fé e Esperança." Nos dias da Festa, acontecerão Missas às 17h e novenas a a partir das 19h, com a participação de Padres da Arquidiocese de Natal.  A programação completa pode ser conferida nas mídias sociais do Santuário dos Santos Reis no Facebook e Instagram.

No dia 06 de janeiro, Solenidade Litúrgica da Epifania do Senhor, a progrmação tem início com a Santa Missa dos Enfermos às 07h; Missa dos Peregrinos às 09h e Missa da Coroa de Estrelas dos Santos Reis Magos às 11h30m. Às 16h, acontece a tradicional procissão dos Santos Reis, saindo do Santuário, passando pelos bairros das Rocas, Praia do Meio e Brasília Teimosa, encerrando com Santa Missa Solene, presidida pelo Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha.


Um pouco da história.

A primeira Festa de Santos Reis aconteceu em 06 de janeiro de 1598, na Fortaleza da Barra dos Santos Reis Magos, e é considerada a primeira manifestação religiosa aos Reis Magos no Brasil. Os vultos de Gaspar, Balthazar e Belchior, desembarcaram em Natal no ano de 1753, enviadas pela Coroa Portuguesa para então Capela localizada dentro das dependências da Fortaleza.

No ano de 1901a pedido do Ministério da Marinha do Brasil, as imagens foram conduzidas a então Igreja do Bom Jesus das Dores, no bairro da Ribeira, para construção de uma rádio farol dentro da fortaleza. As imagens permaneceram na Ribeira até o ano de 1910 quando foi construída uma Capela fronteira para a Fortaleza, em um localidade conhecida como Praia da Limpa. Essa capela precisou ser removida em 1936, para isso foi construída uma nova Capela, próxima ao Rio Potengi, no local conhecido como Morro da Montagem. A Capela foi Inaugurada no ano de 1937. Com a criação da Paróquia dos Santos Reis em 1964, a Capela da Montagem teve sua faixada ampliada e virada para o bairro em desenvolvimento, passando de Capela a categoria de Igreja Matriz. 

Em 15 de abril de 1982 o então Arcebispo de Natal, Dom Nivaldo Monte criou a Paróquia da Sagrada Família, com sede na bairro das Rocas. A então Matriz dos Santos Reis, passou a categoria de Santuário Arquidiocesano.

A Festa da Limpa é uma das principais festividades religiosas e culturais do Estado do Rio Grande do Norte. A tradição das danças, como Boi de Reis, Lapinha e Pastoril e outras expressões, foram desenvolvidas em torno desta festividade. O funcionamento de barracas com venda de barquinhos, bonecas de pano e imagens dos Santos, são patrimônio imaterial de nosso estado. As Imagens do Santos Reis (Séc. XVII), são patrimônios tombados pelo Instituto Histórico Nacional, IPHAN. 

#ArquidiocesedeNatal #FestadeReis #TempodoNatal 

Fé Católica | Confissão

 


CONFISSÃO


ACUSAÇÃO: Os católicos confessam-se com os padres, que também são pecadores; os crentes confessam-se somente com Deus! - porque lemos na Bíblia: "Quem pode perdoar os pecados, senão só Deus? ( Mc 2,7 ).

RESPOSTA: Quem negava a Jesus o poder de perdoar os pecados, e até o taxava de blasfemador, eram os orgulhosos escribas. Jesus, porém, lhes respondeu ( Mc 2,10 ): "Para que saibas que o filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados ..." Jesus curou o paralítico perdoado, à vista deles.

Este poder de perdoar os pecados, Jesus o confiou aos homens pecadores, aos Apóstolos e seus legítimos sucessores, no dia mais solene, da sua Ressurreição, quando lhes apareceu e disse ( Jo 20,21-23 ) : "Assim como meu Pai me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo. Àquele a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos".

Não resta dúvida que sopro de Cristo ressuscitado e as palavras: "recebei o ( dom do ) Espírito Santo..." expressam claramente que os Apóstolos não obtiveram o poder de perdoar os pecados em virtude de sua santidade ou impecabilidade, mas como um dom especial, merecido por Cristo e a eles conferido, em favor das almas, remidas pelo seu sangue derramado na cruz.

Daí dizer: "Eu não me confesso com os padres, porque eles também são pecadores, demonstra igual insensatez, como afirmar: "Eu não vou, com minha doença procurar conselho e remédio dos médicos, porque eles também ficam doentes".
Por isso os Católicos, mesmo que sejam papas, cardeais e reis, dobram humildemente suas cabeças diante de tão claras palavras de Jesus e confessam seus pecados diante dum simples sacerdote, para receber o perdão de Deus.

Os outros crentes, porém, preferem ignorar estas palavras de Jesus, e desprezar o grande dom de Jesus, no sacramento da Penitência. Para motivar este procedimento, procuram na Bíblia vários textos no sentido: "Convertei-vos... fazei penitência... arrependei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados,... para que sejais salvos".

Ninguém duvida de que o sincero arrependimento dos pecados, com firme propósito de não pecar mais, e satisfação feita a Deus e aos prejudicados, eram no Antigo Testamento condições necessárias e suficientes para obter perdão de Deus. O mesmo vale ainda hoje para todos os que desconhecem Jesus e seu Evangelho: para os que não têm nenhuma ocasião de se confessar: e são ainda condições necessárias para obter perdão na boa Confissão. Mas quem no seu orgulho não acredita na veracidade e obrigatoriedade das palavras de Cristo Ressuscitado, com as quais ele instituiu o sacramento da Penitência, e por isso não quer se confessar, dificilmente receberá perdão!

Cada pecado é um ato de orgulho e desobediência contra Deus. Por isso "Cristo se humilhou e tornou-se obediente até a morte, e morte na cruz" ( Flp 2,8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados, e nos merecer perdão. Por isso ele exige de nós este ato de humildade e de obediência, na Confissão sacramental, na qual confessamos os nossos pecados diante do seu representante, legitimamente ordenado. E, conforme a sua promessa: "Quem se humilha, será exaltado e quem se exalta, será humilhado"( Lc 18,14 ).

Alguns "crentes" aliciam os católicos para sua seita com a promessa de que, depois do batismo (pela imersão) estarão livres de qualquer pecado e nem poderão mais pecar! Conseüuentemente, não precisarão mais de nenhuma Confissão). Apóiam esta afirmação nas palavras bíblicas de I Jo 3,6 e 9 : "Quem permanece Nele, não peca, não o viu, nem o conhece" e "Todo aquele que é gerado por Deus, não comete pecado, porque nele permanece o germe divino ( a graça santificante)".

Em Resposta, lembro o princípio bíblico de que entre as verdades bíblicas, reveladas por Deus, não pode haver contradições. Por isso, as palavras menos claras, devem ser esclarecidas por palavras mais claras ou pela autoridade estabelecida por Deus ( Magistério da Igreja ). Ora, o próprio João Apóstolo escreve em ( I Jo 1,8-10 ): "Se dissermos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, e nos perdoa os nossos pecados , e nos purifica de toda a iniqüidade. Se dissermos que não temos pecado, taxamo-Lo de mentiroso, e sua palavra não está em nós."

Por isso a Tradição Apostólica interpreta as palavras de I Jo 3,9: "Todo aquele que é gerado por Deus não peca", no sentido de não deve pecar gravemente", já que possuindo a graça de Deus , tem suficiente força para vencer as tentações. Enquanto as claras palavras em I Jo 1,8-10 falam dos pecados leves - veniais; sendo somente Maria Imaculada livre de qualquer mancha do pecado original e pessoal, em previsão dos méritos antecipados de Jesus Cristo que a escolheu por sua Mãe.

Portanto, todos os homens adultos necessitam de Misericórdia divina; e os sinceros seguidores da Bíblia recebem-na, agradecidos, no sacramento da confissão.


Pe. Vicente, SVD
fonte: puc-pr

Fé Católica | Batismo


2. BATISMO

ACUSAÇÃO: O batismo dos católicos não é válido! Só os adultos que crêem podem receber validamente o batismo, que só vale por imersão!

RESPOSTA: Onde estão provas bíblicas para esta afirmação? Não existem!
a) Alguns "crentes" afirmam que Jesus foi batizado no rio Jordão por imersão. Mas, os Evangelhos não falam disso! Pode ter sido batizado como o apresentam antigas estampas: ficando com os pés no rio, enquanto S. João lhe derramava a água, com a mão, na cabeça. Na verdade, o modo de molhar o corpo com a água não tem importância! Senão seria prescrito!

b) Outros afirmam que "baptizare, em grego, significa "imergir na água", logo... Os biblistas, porém, documentam que em várias passagens da Bíblia esta palavra significa, igualmente, "lavar" ou "molhar" na água as mãos, os dedos, os pés etc. São Paulo usa esta palavra em 1 Cor 10,2: "Todos ( os Israelitas ) foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar ".(- como símbolo do batismo cristão ). Sabemos, porém, que este batismo não aconteceu por imersão pois os Israelitas junto com todas as crianças, passaram o mar vermelho a pé enxuto, tocando a areia úmida do mar. Quem tomou o "batismo por imersão", foram os soldados egípcios! E todos pereceram! (Ex.14,19-20). No batismo vale mais a fé em Deus e a obediência a seu legítimo representante do que a maneira de aplicar a água.

c) Alguns textos bíblicos indicam o batismo feito por imposição. Em At 8,36-38 lemos sobre o batismo do eunuco etíope, feito pelo diácono Filipe, no Caminho entre Jerusalém e Gaza, onde não existe nenhum rio ou lagoa, em que seria possível batizá-la por imersão. Há apenas pequenas nascentes.

At 9,18-19 relata o batismo de Saulo convertido numa casa de Damasco. Não havia piscina nem tempo para batismo por imersão; pois, lemos: "Imediatamente lhe caíram dos olhos como escamas, e recuperou a vista. Levantando-se, foi batizado, e tomando alimento, recuperou as forças."

Igualmente em Filipos ( At 16,33 ) S. Paulo batizou o carcereiro convertido: "Naquela hora da noite ( o carcereiro ) lavou-lhe as chagas e imediatamente foi batizado ele e toda sua família". E nos cárceres romanos não havia piscinas!

d) Como no caso acima, assim também na ocasião do batismo de Lídia e de Estéfanas, S. Paulo menciona que Lídia recebeu o batismo "com todos os de sua casa "( At 16, 14-15 ) e "batizei a família de Estéfanas" (1 Cor 1,16 ), onde, certamente, não faltavam crianças pequenas.

O próprio Jesus afirma a Nicodemos: "Em verdade, em verdade te digo, que quem não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no Reino de Deus". Para os primeiros cristãos esta regra valia igualmente para as crianças. Por isso Santo Ireneu ( que viveu entre 140 a 204 ) escreveu: "Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos"( Adv. Haer. livro 2 ).

Orígenes ( 185 255 ) escreve: "A igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo aos recém-nascidos". ( Epist. ad Rom. Livro 5,9 ) . E.S. Cipriano em 258 escreve: "Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças". ( Carta a Fido ).

e) Na "Nova e Eterna Aliança" o batismo substituiu a circuncisão da "Antiga Aliança", como rito da entrada para o povo escolhido de Deus. Ora, se o próprio Deus ordenou a Abraão circuncidar os meninos já no 8° dia depois do nascimento, sem exigir dele uma fé adulta e livre escolha, então não seria lógico recusar o batismo às crianças dos pais cristãos, por causa de tais exigências.

Por isso a Igreja Católica recomenda batizar as crianças dentro do primeiro mês, após o nascimento.

Mesmo que as seitas não dêem valor à Tradição Apostólica, cada homem honesto reconhece que os cristãos dos primeiros séculos conheciam muito bem e observavam zelosamente a doutrina e as práticas religiosas recebidas dos Apóstolos.

Pe. Vicente, SVD
fonte: puc-pr
Foto: Pixbay

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